Tinha prometido a mim mesma, não me desviar da temática habitual, mas vou abrir mais uma excepção. E como sou apartidária - sequer nutro qualquer "simpatia" pelas fracções políticas vigentes, por isso, sinto-me absolutamente livre para expressar a minha opinião - já que durante 16 anos, ouvi e vi muita coisa, aquando da minha permanência no Estado, sem vinculos, convidada que fui para integrar todos os "staff's" governamentais - de maioria ou coligação. E saí, por minha vontade e risco há alguns anos já. Essa atitude valeu-me metade do ordenado que auferia. Hoje, a minha pre-reforma roça o ordenado mínimo nacional - continuando congelada, desde há 3 anos como muitas outras, aliás; mais um motivo para que as más línguas não se precipitem ao ler este post!
Mas sem querer desviar-me do assunto em questão, dizem alguns "sábios" que: "o povo é quem mais ordena e é soberano"!
Lá que este "slogan" soa bem....soa! Mas a realidade é outra.
Há anos que se esquematiza, desenha e rabisca uma história aos quadradinhos sobre alguns heróis antes e pós revolução dos cravos(?). Ao que parece, a história está longe de acabar bem, porque a maioria se esqueceu do mote dessa reviravolta, mas eu vou relembrar aqui: sair duma ditadura!
Ora, passados que foram 39 anos, e estando nós a meio de  2013 - milénio já apocalíptico - voltámos á mesma cena macabra! Aderimos consciente ou inconscientemente, a outra ditadura embora mascarada com várias cabeças: a "Troika".
E porquê? Olhando na diagonal, parecia tudo nadar num "mar de rosas", eis senão quando, alguns países Europeus, ficaram á beira do precipício, pela crise iniciada pelos EUA.
Mas foi programada.
A maioria não sabe da "missa a metade", nem se interessa por conhecer "o que leva a quê" - muito embora tudo isto tivesse já sido escrito muuuuuito tempo antes; mesmo assim, lá embarcaram no teatro de fantasia, sem qualquer salvaguarda.
Conclusão: aquilo que gastaram a rodos, virava-se agora contra si mesmos.

Por cá,  e se dúvidas houvessem acerca dos políticos que nos vêm governando - desta feita mais jovens quer dum lado como do outro - de quem se esperaria uma outra força interior mais consistente e coerente, concluiu-se que ninguém está disposto a abdicar de si, do seu partido, e de outras situações mais, deixando para trás, a esperada SALVAÇÃO do país.
Homens de boa vontade precisam-se, como de "pão para a boca"! Sobretudo que demonstrem amor á Pátria e sobretudo a Deus.
Haverá?! Parece que não.

A massa humana portuguesa, esqueceu-se de SI mesma, e ainda, da sua Soberania e Sabedoria muito embora se autodefina como um povo "independente". A vontade e bravura que os nossos antepassados se muniram, "levando novos mundos ao mundo" - facto que nenhum outro povo se afoitou - constacta-se hoje que tais sentimentos, caíram por terra e ninguém mais, parece saber "como se faz".
 O "nobre povo", que fez jus a esta "nação valente e imortal", foi pioneiro na passagem da Mensagem de Cristo, enfrentou Adamastores, e venceu ingerências estrangeiras, colocando bem alto, "o esplendor de Portugal" - assim canta o nosso hino.
Porém, nos tempos que correm, parece restarem-nos as "brumas da memória".
Iniciaram uma escalada imparável, vendendo Portugal, como se as nossas principais empresas, estivessem em saldo. Por tudo isto, governos e governados são bem o retracto da ganância desmedida, dando corpo ao ditado, "a galinha da minha vizinha é sempre melhor que a minha"! E assim, iludidas, centenas de famílias largaram as suas terras, para adquirirem outra "qualidade de vida", dando assim início a um endividamento imparável.

A nossa entrada na CEE manifestou-se  um desastre; relembro algumas das "benesses" dessa altura, para quem já se esqueceu:
- os pescadores eram pagos para não pescarem,
- os agricultores eram pagos para não cultivarem ou se produziam em maior quantidade, era tudo deitado no lixo!
A exigência na formação profissional foi ainda, um rio caudaloso em euros, sem visibilidade aparente - na sua maior parte, a fundo perdido. De repente, centenas de pessoas, evidenciavam sinais exteriores de riqueza, e quanto mais "invejosos sociais" - como dizia o outro - mais o país se afundava; todos quiseram entrar na festa e "o bolo" parecia não mais ter fim - que o digam, antigos dirigentes sindicais que nunca deram qualquer explicação pelas somas astronómicas que gastaram... e outros tantos.
Quanto aos bancos, emprestavam dinheiro sem quase questionarem se o rendimento das famílias o permitia. A escalada de compra de casa e carro próprios, mais viagens de sonho, roupas de marca, hotéis de 5 estrelas etc. deu no que deu! Está bem visível agora!
Aqueles anos dourados marcaram o tempo onde se ganharam somas avultadas na bolsa de valores, e não só - enquanto os outros Valores, iam caindo a pique, por "démodés" e porque já  "ninguém mais liga a isso" - é o que se ouve em todo o lugar...

Também se viram empresários e mais empresários sem tarimba e sem maneiras, saltarem para a ribalda. Estava assim aberta a porta, para os muitos filiados no partido "xico-espertismo", onde o  facilitismo na aquisição de bens e dinheiro rápido, á conta de malabarismos e tramóias, serviam de trampolim para uma sociedade "nova rica", de termos grosseiros, discursos vulgares cuja brejeirice á flor da péle chega a ser ofensiva e ignoram as mais elementares regras de boa educação e convivência social, anulando todos os códigos de conduta. Portugal era elogiado até no exterior por ser um povo educado e respeitador. "Subir na vida"(?), e "ser alguém"(?)tornou-se a palavra de ordem, sem se questionar como(?) desde que os meios justifiquem os fins. Até hoje, assim é!
Por outro lado, as ditas "sociedades secretas", continuam a formar "discípulos", na arte da manipulação de massas e como cilindrar/sufocar sociedades - que não apenas cá.
Quanto mais o tempo passa, lobbies e mais lobbies vêm destruindo Portugal. É caso para perguntar quem afinal se esqueceu do povo que é ele, "quem mais ordena"?! Esta escura e destrutiva imagem, faz-me lembrar o que se passara há décadas, ainda em tempo de ditadura, durante a qual se acreditava que, o "povo unido" no mesmo ideal, reconduziria o país á liberdade! - mas nunca, a uma liberdade sem limites, resultando em libertinagem. Hoje vê-se um Portugal desunido, desorganizado, desejoso de assaltar o poder - mesmo depois de endividado!
Por isso, me questiono e lembrando os ideais por que lutei nos anos 60/70, se teria valido a pena esse esforço acrescido, na ânsia de ver derrubada uma ditadura, que parecia não mais chegar ao fim!

Mas depressa este povo trocou a consciência e valores morais, por "escudos" - e por euros, desde 2000. Diz-se á boca cheia, que: "todos têm o seu preço" (?). As pessoas passaram a "ser números" e aceites ou não conforme "os montantes", nesta sociedade de "faz de conta".
Ser-se "chic" é agora: aplaudir determinado tipo de vivência - onde o "zé povinho" que Bordalo Pinheiro tanto evoca - "se péla" por cumprir á risca, o que dita o seu ego desenfreado, que "tudo quer experimentar", para "contar depois...como foi"! - Fingir o que não se é, dá "status" e direito a "borlas", onde a "fancaria" impera - seja por políticos, empresários da nova era, ou afins. O que conta, são as influências, sejam elas quais forem e de onde vierem!
Saiba-se que:
Os crimes de corrupção, fraude, e economia paralela, vêm defraudando o Estado e a Segurança Social, em 187,6 milhões de euros!!
E pergunta-se, como é que não se organizam manifestações de rua, contra este tipo de gentinha que vem igualmente, afundando o país! - Se calhar, os dirigentes não saberiam que "palavras de ordem" lhes aplicar! É caso para pensar: como este povo, continua ignorante, passados todos estes (verdes) anos!

A tal "batata quente" para uma tentativa "tripartida", não deu resultado!
A batata quente, passou de mão em mão, com algumas birras pelo meio - facto que nos custou uma pequena fortuna mais - amuos, impasses e demissões, etc, de nada serviram. Mas não perderam tempo nas ruas, nos empregos, nos blogs, nas "redes" sociais, até que as vozes lhes doessem - passadas para um écran de computador:
- Ladrões! gatunos! Governo para a rua! Grândola Vila Morena, o povo é quem mais ordena! - e lá vão tentando cantar, ainda sem saberem a letra completa! O que este povo gosta mesmo, é de desfilar "encarneirado".
E até á exaustão é ouvi-los:
- governo, escuta, o povo está em luta!
- O povo unido, jamais será vencido!
Curiosamente, ouvia-se a mesma ladaínha, aquando do governo anterior; aliás, tem-se vindo a ouvir, desde o 25 de Abril!
Que dizer deste povo, que vota e elege "em consciência", todos estes governantes?!

Pessoalmente, acho tudo uma fantuchada, um descrédito, um cinismo e hipocrisia tais, que chega a roçar a humilhação de quem faz estas figuras, sem coerência e sensatez. Chega a ser irritante!
Eu acrescentaria: "tudo isto é triste... "tudo isto existe"..e..."tudo isto é fado", o nosso! - levado a património imaterial da humanidade; parece paradoxo, mas não é.
Veja-se que a crise que TODOS instalaram, pretendem agora, sair dela ilesos, mas pedindo sempre "mais", através doutras vozes, desconcertantes, mas BEM PAGAS - por todos nós igualmente - de seu nome: (des)CONCERTAÇÃO SOCIAL.
DESENGANE-SE QUEM PENSAR QUE TODOS ESSES "PARCEIROS",  NÃO LEVAM UMA BOA FATIA DO BOLO, Poderia referir também os montantes....mas nem vale a pena, quando os VALORES ÉTICOS/MORAIS, há muito que estão hipotecados. Saiba-se, que nada está desligado.
Só sei, que Portugal não pode suportar por mais tempo, estes "defuntos" que se recusam a observar os "SINAIS" e DESPERTAREM! - só a teimosia, leva á cegueira e surdez, e por isso, não conseguem mais, escutar-se a SI mesmos, ou observar as tristes figuras que fazem.

Nem a "bendita ciência" que descobriu (?) que cada Ser humano possui uma PARTÍCULA DE DEUS, lhes avivou as consciências... a maioria, nem ligou!
Eles querem lá saber da existência do Divino - seja no Universo ou em SI próprios?!
Querem é comprar, ter, consumir, comer e beber até rebentar. E isso constacta-se até nas pequenas celebrações, nomeadamente, nas vilas e aldeias e até nas concelhias, onde não podem faltar os foguetes - embora proibidos - a música "pimba" sempre em altos berros, o fogo de artifício, "os comes e bebes"; e isto, dias a fio até madrugada dentro, sempre empolgados. Dizem que "é tudo por causa dos santos padroeiros" - diferentes que são de freguesia para freguesia. Vá-se lá saber, porque razão se queixam as Autarquias com falta de dinheiro!?... - infelizmente tenho sido testemunha de toda esta saloiísse, pois fui "obrigada" a mudar de casa, já por 3 vezes nos ultimos 9 anos, por questões monetárias, e ainda para assegurar a minha sanidade mental. Porém, e por incrível que pareça, observei que as diferenças eram poucas em relação a Lisboa - onde nasci e residi até então. Já em lugar algum, existe respeito e vergonha na cara, traduzidos pela honra e carácter! O ruído, esse, persegue-nos para todo o lado onde nos fixemos.
A propósito de interior, e de terra, dizem as estatísticas que o desemprego é preocupante, sendo o jovem com maior índice. Mas eu pergunto, onde é que todos eles páram? Na agricultura? Não! Resposta: nas discotecas a beber como esponjas até caírem; ou nos bairros típicos, nos concertos ao vivo, onde "os passes" para todos os dias se esgotam - que o digam os organizadores de tais "festivais", se é ou não rentável, ao ponto de cobrir as despesas durante a época de inverno... como fazem as formigas. Conheço alguns; um deles saiu de deputado da Assembleia e dedicou-se a este lucrativo modo de vida. E não se queixa!
Quem passa REALMENTE POR NECESSIDADES, não pode gastar 1Euro sequer, em "distracções" destas ou outro lazer - se bem que esse universo, é ainda uma minoria, pelos vistos...

Curiosamente, a sociedade jovem insiste nos mesmos erros - e nos ortográficos, idem. Basta ler como escrevem os novos Dr's, saídos das universidades. E queixam-se, lá porque não existem saídas para os seus cursos...
Mas o que fazem eles?! Deambulam durante o dia, e á noite afogam-se em álcool e noutras substâncias, etc.etc.etc.
Quem quer MESMO trabalhar, tem outro tipo de atitude. Vemos nas estações de TV, nas rádios, nas revistas,  quem são de facto, os jovens promissores e empreendedores.
A terminar e parafraseando um slogan publicitário - cuja empresa nasceu no país auto-proclamado "livre" e das "oportunidades"(?) embora o Wikileaks e o Snowden, já abrissem "o jogo" mostrando ao mundo, o real "sonho americano", em pesadelo - pretendi enfatizar o momento actual do nosso país, como dum "hamburguer" (deles), se tratasse:

Um país COMO DEVE SER,
faz-se com gente COMO DEVE SER.
EXPERIMENTEM!
PEGUEM em Portugal
COM AS DUAS MÃOS e com BRAVURA!

Ah! E por favor....
baixem o dedo mindinho quando segurarem num copo, numa chávena, ou no que for, e fechem a boca enquanto comem, sempre que quiserem fazer-se passar, por gente "chic" - digo eu.